GHEP - ISFG

Grupo de Línguas Espanhola e Portuguesa da International Society for Forensic Genetics

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Controle de Qualidade

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Em 1992, o Grupo de Línguas Espanhola e Portuguesa da Sociedade Internacional de Genética Forense (GHEP-ISFG, anteriormente GEP-ISFG) começou a organizar um exercício colaborativo anual para a investigação de polimorfismos de DNA, em colaboração com o Departamento de Madrid do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses (INTCFM, Espanha), com o objetivo de avançar na padronização de métodos e proporcionar um primeiro ponto de encontro para discutir as estratégias de análise e as diferentes metodologias utilizadas pelos diferentes laboratórios.

Esses exercícios deram origem a reuniões de trabalho, um fórum de discussão entre os participantes onde são expostas as dificuldades envolvidas na análise de polimorfismos de DNA e a necessidade legal e prática de que as análises sejam realizadas com a garantia necessária. Com essa perspectiva, em 1995, o exercício passou a funcionar como um verdadeiro Controle de Qualidade, no qual os laboratórios que obtivessem maus resultados em qualquer um dos marcadores utilizados, prometiam não utilizá-lo em casos forenses até que fossem resolvidas as situações que haviam causado o erro e submetido a um novo controle.

Atualmente, o Exercício de Intercomparação "ESTUDO DE POLIMORFISMOS DE DNA EM MANCHAS DE SANGUE E OUTRAS AMOSTRAS BIOLÓGICAS" está dividido em dois níveis: Básico e Avançado, que, por sua vez, se dividem em 2 módulos: parentesco e forense.

Desde 2014, o nível Básico é acreditado pela Norma ISO/IEC 17043:2010. É coordenado pelo INTCFM e organizado pelo GHEP-ISFG, anualmente.

O exercício consiste em enviar várias amostras de sangue e/ou outro fluido biológico e cabelo para análise pelos laboratórios participantes, simulando um caso real. O exercício inclui não só a parte analítica como também uma secção de estatística aplicada, com o intuito de servir os laboratórios, não só para verificação dos resultados, mas também para evidenciar as discrepâncias entre alguns laboratórios e que seja um ponto de partida para uma unificação e padronização de técnicas e critérios.

Até 2022 foram realizadas trinta edições do Exercício e o número de laboratórios participantes tem vindo a aumentar, passando de 10 laboratórios no primeiro exercício para cerca de 150 nos últimos anos.

Os laboratórios participantes estão localizados principalmente em Espanha e Portugal, e em diferentes países da América Latina. A maioria dos participantes são laboratórios públicos, embora o número de laboratórios privados registados esteja a aumentar.

Os estudos são realizados por análise de PCR de diferentes marcadores genéticos: STRs autossómicos, cromossoma Y e cromossoma X, e DNA mitocondrial. O exercício inclui um estudo básico de parentesco e um forense. Além disso, o GHEP-ISFG inclui dois desafios teóricos avançados (ATC), parentesco e forense, desenvolvidos por um ou mais especialistas reconhecidos internacionalmente, de forma a permitir a discussão científica entre os profissionais e contribuir para o desenvolvimento de critérios de interpretação e a formação avançada dos participantes.

Os resultados obtidos, apesar do aumento de participantes, são satisfatórios e são divulgados anualmente após a realização das Jornadas correspondentes para que os interessados possam consultá-los.

O esforço despendido na realização deste exercício é compensado pela boa aceitação que tem tido, bem como pelos bons resultados que estão a ser obtidos, o que contribui enormemente, em conjunto com outras actividades lançadas pelo Grupo, para aumentar e unificar a qualidade de análises em laboratórios de Genética Forense em Espanha, Portugal e América Latina.

Qualquer laboratório interessado pode participar do Exercício. A cada laboratório é atribuído um código para garantir o anonimato dos resultados.

O exercício é anual, abrindo o período de inscrição no último trimestre de cada ano e enviando as amostras em fevereiro/março do ano seguinte.

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